quinta-feira, 31 de julho de 2014

Relíquia






Essa foto é uma relíquia para nós torcedores serranos.Trata-se dos jogadores do Serra Futebol Clube (ainda amador), posando para foto antes de uma partida em Timbuí-Fundão, em 18/08/1964.


 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Serra e Rio Branco tentam jogar o Capixabão 2015



Dois dos maiores clubes de futebol do Espírito Santo, Serra e Rio Branco, amargam por dois anos consecutivos a vergonha de estar na segunda divisão do futebol capixaba. Ambas as equipes fracassaram na fase final da Série B do Capixabão 2014, não conseguindo voltar para a Primeira Divisão dentro de campo. Mas eis que a dupla ainda planejam estar na Séria A em 2015. Como? Contando com ajuda de outros clubes.



Serra x Rio Branco, em partida valida pela Segundinha 2014


Em conjunto com o Sport de Domingos Martins e o Atlético de Itapemirim, campeão e vice da Segundinha 2014, alvinegros e tricolores protocolaram, no dia 1º de julho, um ofício na Federação de Futebol do Espírito Santo sugerindo uma mudança no formato da Séria A do ano que vem.


No documento obtido com exclusividade pela reportagem de A Gazeta, os dirigentes sugerem que o Capixabão 2015 aumente o número de participantes de 10 para 12, com a inclusão de Serra e Rio Branco. Assim, o formato atual, que acontece em pontos corridos, seria alterado, dando espaço para uma divisão regionalizada.

Na Região Metropolitana ficariam Desportiva, Rio Branco, Serra e Vitória. A Norte contaria com Colatina Linhares, Real Noroeste e São Mateus. A Região Sul/Serrana teria Castelo, Sport, Estrela e Atlético de Itapemirim.

Posteriormente, obedecendo a regionalização, seriam criadas as chaves “A” e “B”. A primeira agruparia os quatro times da Região Sul/Serrana e dois da Metropolitana. A segunda teria quatro times da Região Norte e dois da Metropolitana.

Com as divisões feitas, o Capixabão passaria a ter dois turnos. No primeiro, a disputa aconteceria dentro das chaves. No segundo, uma chave enfrentaria a outra. Ambos os turnos teriam semifinal e final, com o vencedor de cada turno se enfrentando n decisão do Estadual.

Em relação a premiação, o campeão ficaria com a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro e a vaga direta na Copa do Brasil. O vice seria dono da vaga na Copa Verde.

Pelas considerações apresentadas, o número menor de partidas realizadas diminuiria os custos das equipes, trazendo uma suposta melhora financeira para todos os participantes. Indo além, membros de Sport, Atlético de Itapemirim, Rio Branco e Serra também apostam que tais mudanças aumentariam o interesse dos torcedores pelo futebol profissional praticado no Espírito Santo.

“A mudança não fere o Estatuto do Torcedor, é legal e não é imoral. Eu não entendo como uma virada de mesa. A torcida está triste e decepcionada com o nosso futebol. Falta ousadia aos nossos dirigentes. Essa é hora de tornar a nossa competição mais atrativa para os investidores”, argumentou Gilberto Santos, supervisor de futebol do Rio Branco.

No ofício, os quatro clubes ainda justificaram a proposta alegando que “não há diferenças qualitativas entre equipes da Série A e B do futebol capixaba”, tendo como base para tal argumento os resultados de amistosos de pré-temporada.



Confira abaixo os documentos com a proposta dos clubes

Documento dos clubes pedindo alteração no regulamento do Capixabão 2015
Documento dos clubes pedindo alteração no regulamento do Capixabão 2015
Documento dos clubes pedindo alteração no regulamento do Capixabão 2015
Documento dos clubes pedindo alteração no regulamento do Capixabão 2015
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 Proposta divide opiniões de dirigentes da Série A


Afirmando ter sido sondado por outros dirigentes para saber qual sua opinião sobre o tema, o presidente do Vitória, Nicodemus Venturini, que já está na Primeira Divisão, repudia a manobra. “Me procuraram para falar disso e eu acho um absurdo. O Vitória também caiu e voltou dentro de campo. Serra e Rio Branco precisam subir jogando”, disse. 


Adilson Conti, presidente do Estrela, que venceu a Primeira Divisão neste ano, também não gostaria de ver Rio Branco e Serra subindo sem conseguirem a vaga dentro de campo. “Uma manobra como essa é um golpe à lei e ao regulamento da competição. Não podem rasgar o que está descrito no Estatuto do Torcedor”.

Ainda na Série A, Adauto Menegussi, presidente do Linhares, que foi vice-campeão capixaba, é a favor do movimento. “O Rio Branco é muito grande para ficar na Série B. Se depender de mim, ele volta para a Série A do ano que vem”, afirmou o dirigente da Coruja Azul.

FES e CBF alertam para consequências jurídicas


A proposta dos clubes da Série B de promover mudanças no Capixabão para 2015 não terá apoio da Federação de Futebol (FES) e nem da CBF. De acordo com o presidente em exercício William Abreu, o ofício protocolado por Serra, Rio Branco, Sport e Atlético Itapemirim foi encaminhado para análise dos setores jurídicos das duas entidades, que alertaram para as consequências legais de tais manobras.

Tanto a FES quanto a CBF não sugerem as mudanças propostas, por estarem em desacordo com o Estatuto do Torcedor, que diz no artigo 9º, parágrafo 5º: "É vedado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva". Na resposta, o advogado da CBF, Amilar Fernandes Alves, afirma que, em caso de alteração na competição, pode culminar no ajuizamento de ações por parte de torcedores, de clubes não beneficiados e até mesmo do Ministério Público.

O assessor jurídico da FES, Paulo César Almeida, ainda cita o descumprimento do artigo 86 do estatuto da entidade estadual, onde estabelece que: "o acesso ou descenso de associações de uma para outra das divisões será obrigatório, não podendo ocorrer acesso ou descenso de mais de (02) duas Associações por temporada".



Fonte: GAZETAESPORTE.COM