Dois dos maiores clubes de futebol do Espírito Santo, Serra e Rio Branco, amargam por dois anos consecutivos a vergonha de estar na segunda divisão do futebol capixaba. Ambas as equipes fracassaram na fase final da Série B do Capixabão 2014, não conseguindo voltar para a Primeira Divisão dentro de campo. Mas eis que a dupla ainda planejam estar na Séria A em 2015. Como? Contando com ajuda de outros clubes.
Serra x Rio Branco, em partida valida pela Segundinha 2014 |
Em conjunto com o Sport de Domingos Martins e o Atlético de Itapemirim, campeão e vice da Segundinha 2014, alvinegros e tricolores protocolaram, no dia 1º de julho, um ofício na Federação de Futebol do Espírito Santo sugerindo uma mudança no formato da Séria A do ano que vem.
No documento obtido com exclusividade pela reportagem de A Gazeta, os dirigentes sugerem que o Capixabão 2015 aumente o número de participantes de 10 para 12, com a inclusão de Serra e Rio Branco. Assim, o formato atual, que acontece em pontos corridos, seria alterado, dando espaço para uma divisão regionalizada.
Na Região Metropolitana ficariam Desportiva, Rio Branco, Serra e Vitória. A Norte contaria com Colatina Linhares, Real Noroeste e São Mateus. A Região Sul/Serrana teria Castelo, Sport, Estrela e Atlético de Itapemirim.
Posteriormente, obedecendo a regionalização, seriam criadas as chaves “A” e “B”. A primeira agruparia os quatro times da Região Sul/Serrana e dois da Metropolitana. A segunda teria quatro times da Região Norte e dois da Metropolitana.
Com as divisões feitas, o Capixabão passaria a ter dois turnos. No primeiro, a disputa aconteceria dentro das chaves. No segundo, uma chave enfrentaria a outra. Ambos os turnos teriam semifinal e final, com o vencedor de cada turno se enfrentando n decisão do Estadual.
Em relação a premiação, o campeão ficaria com a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro e a vaga direta na Copa do Brasil. O vice seria dono da vaga na Copa Verde.
Pelas considerações apresentadas, o número menor de partidas realizadas diminuiria os custos das equipes, trazendo uma suposta melhora financeira para todos os participantes. Indo além, membros de Sport, Atlético de Itapemirim, Rio Branco e Serra também apostam que tais mudanças aumentariam o interesse dos torcedores pelo futebol profissional praticado no Espírito Santo.
“A mudança não fere o Estatuto do Torcedor, é legal e não é imoral. Eu não entendo como uma virada de mesa. A torcida está triste e decepcionada com o nosso futebol. Falta ousadia aos nossos dirigentes. Essa é hora de tornar a nossa competição mais atrativa para os investidores”, argumentou Gilberto Santos, supervisor de futebol do Rio Branco.
No ofício, os quatro clubes ainda justificaram a proposta alegando que “não há diferenças qualitativas entre equipes da Série A e B do futebol capixaba”, tendo como base para tal argumento os resultados de amistosos de pré-temporada.
Confira abaixo os documentos com a proposta dos clubes
Proposta divide opiniões de dirigentes da Série A
Afirmando ter sido sondado por outros dirigentes para saber qual sua opinião sobre o tema, o presidente do Vitória, Nicodemus Venturini, que já está na Primeira Divisão, repudia a manobra. “Me procuraram para falar disso e eu acho um absurdo. O Vitória também caiu e voltou dentro de campo. Serra e Rio Branco precisam subir jogando”, disse.
Adilson Conti, presidente do Estrela, que venceu a Primeira Divisão neste ano, também não gostaria de ver Rio Branco e Serra subindo sem conseguirem a vaga dentro de campo. “Uma manobra como essa é um golpe à lei e ao regulamento da competição. Não podem rasgar o que está descrito no Estatuto do Torcedor”.
Ainda na Série A, Adauto Menegussi, presidente do Linhares, que foi vice-campeão capixaba, é a favor do movimento. “O Rio Branco é muito grande para ficar na Série B. Se depender de mim, ele volta para a Série A do ano que vem”, afirmou o dirigente da Coruja Azul.
FES e CBF alertam para consequências jurídicas
A proposta dos clubes da Série B de promover mudanças no Capixabão para 2015 não terá apoio da Federação de Futebol (FES) e nem da CBF. De acordo com o presidente em exercício William Abreu, o ofício protocolado por Serra, Rio Branco, Sport e Atlético Itapemirim foi encaminhado para análise dos setores jurídicos das duas entidades, que alertaram para as consequências legais de tais manobras.
Tanto a FES quanto a CBF não sugerem as mudanças propostas, por estarem em desacordo com o Estatuto do Torcedor, que diz no artigo 9º, parágrafo 5º: "É vedado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva". Na resposta, o advogado da CBF, Amilar Fernandes Alves, afirma que, em caso de alteração na competição, pode culminar no ajuizamento de ações por parte de torcedores, de clubes não beneficiados e até mesmo do Ministério Público.
O assessor jurídico da FES, Paulo César Almeida, ainda cita o descumprimento do artigo 86 do estatuto da entidade estadual, onde estabelece que: "o acesso ou descenso de associações de uma para outra das divisões será obrigatório, não podendo ocorrer acesso ou descenso de mais de (02) duas Associações por temporada".
Fonte: GAZETAESPORTE.COM
O velho tapetāo, Fluminense fazendo escola kk
ResponderExcluirVai se fuder idiota, procura se informar primeiro sobre as circunstancias em que levaram o Fluminense a permanecer na primeira divisão, regulamento é feito para ser cumprido, se informe antes de falar besteiras.
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