segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Técnico diz que há 'panelas' no Serra e dará uma de 'psiquiatra' com o time


O sonho do Serra era transformar seu estádio, o Robertão, num caldeirão para os adversários. Mas é outro tipo de panela que o treinador Paulo Ferreira anda vendo no clube. Segundo o técnico cobra-coral, o grupo de jogadores não está tendo a noção de que precisa trabalhar unido em busca dos resultados. Ferreira, inclusive, acusa os atletas de terem menosprezado o Conilon, na goleada sofrida no sábado por 5 a 2, em casa, e cobra reforços da diretoria.


Paulo Ferreira disse que há "panelas" de barro cru dentro do  elenco

- Há problemas internos. Em todo time há panela (grupinhos de jogadores). Mas muitas vezes, são panelas fortes, panelas boas, de 10, 12 jogadores que carregam o time para cima. Panela que ninguém quebra. Mas aqui no Serra estão querendo fazer panela de barro cru, grupinhos de dois, de três jogadores que se fecham entre eles. Isso é o tipo de coisa que só ajuda o adversário - dispara Paulo Ferreira.

A surra tomada do Conilon também não passou batida. De acordo com o treinador, seus alertas para a força do time de Jaguaré foram em vão.

- Os jogadores do Serra menosprezaram o Conilon, essa é que é a verdade. Eu avisei a eles que o elenco do Conilon está entre os três melhores do Capixabão, que só precisava de uma vitória para empolgar e sair fazendo estrago. Mas meu time olhou a tabela, viu que o Conilon ainda não havia vencido e achou que ia ser fácil. Ficaram olhando o Conilon jogar. Tomamos 4 a 0 no primeiro tempo, mas era para ter sido de 6. Eu dizia para não vacilarem com Paulinho Pimentel (atacante do Conilon), e alguns nem conheciam ele. Falta bagagem também.

Diante de tal situação, Paulo Ferreira quer mais se reunir com a diretoria o quanto antes e pretende cobrar mais reforços também.

- A diretoria disse que não poderia contratar demais. Eu já sabia desde quando cheguei. Mas hoje, só tenho o Carlos, de goleiro. O outro é do time júnior, compõe o banco porque mandaram embora o Thiago (goleiro que atuou nas duas primeiras rodadas). Não me meti na dispensa, não sei nem o motivo. Mas preciso ter um grupo maior. Muitos jogadores chegaram sem atuar há meses, está complicado. Não tenho treinador de goleiros também. Minha estrutura é arcaica.

A solução imediata de Paulo Ferreira é um tanto inusitada.

- Enquanto não consigo uma reunião com Marcelo Bonfim (gerente de futebol, que está no Rio de Janeiro), vou tentar atuar como psicólogo. Psicólogo, não. Psiquiatra mesmo. Vou ver até onde chego desse jeito - completou o treinador tricolor.


Fonte: Globoesporte.com




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